quarta-feira, agosto 4
O candidato da esquerda
Lá pelas tantas, na festa, o Rafton bradou: “a esquerda tem candidato!”
Com sua capacidade de síntese, ele acabou definindo um dos slogans da campanha. Temos que juntar nosso povo, a esquerda, e partir para conquistar mais eleitores, porque precisamos de 50.000 votos, quantia difícil de atingir, quando não partimos de um mandato anterior.
Mais do que um slogan é uma proposta política e um compromisso. É possível aglutinar forças a partir das posições da esquerda, fazendo alianças que não firam nossos princípios e propostas.
A questão democrática é essencial, e norteará toda a campanha.
Vivemos numa democracia domesticada. Definição que não é minha, mas com a qual concordo. Vem de um texto primoroso de Luis Felipe Miguel, que sempre recomendo por onde ando. Fazendo uma licença política, ela é domesticada porque não atende às reivindicações do povo inteiro e é instrumento de dominação das classes que detêm o poder. Marighella propunha ao Brasil uma democracia popular e considero que o caminho para chegar lá, hoje, é aprofundar e radicalizar o atual sistema.
A democracia que defendemos não é somente poder votar a cada dois anos. Precisamos democratizar os meios de produção, os meios de governo, a educação, a saúde, a habitação, a propriedade da terra, a ciência e a tecnologia, e a cultura. A democracia deve permear as relações humanas, por isso a tolerância com as diferenças de etnia, gênero, opinião e aparência, é fundamental, e palavra de ordem da esquerda. O respeito ao planeta e a democratização das decisões acerca de tudo que o agrida, também é consigna e prática nossa.
Somos coletivistas, não individualistas, mas conhecemos a importância das liberdades individuais desde o século passado, ensinamento adquirido com a análise das experiências de construção do socialismo.
Temos tarefas para muitos anos e muitas trincheiras.
Por isso, Rafton, aceito a tarefa de ser o candidato da esquerda, valeu pelo toque.
Carlos Eugênio Clemente – 4019
Combatente da Guerra e da Paz
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2 comentários:
Amei, querido companheiro! Democracia domesticada... Dez, nota dez!!!
Valeu, Dea. E nosso companheiro, leu? O que achou? Abração,
Carlos Eugênio Clemente - 4019
Combatente da Guerra e da Paz
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